
Pesquisa revela que 49% dos brasileiros consideram o dinheiro sua maior fonte de preocupação. Entenda o que isso diz sobre a saúde financeira do país e veja como mudar essa realidade.
Falar sobre dinheiro no Brasil ainda é quase um tabu — e isso tem um preço.
De acordo com uma pesquisa da fintech Onze, em parceria com a Icatu, 49% dos brasileiros afirmam que o dinheiro é sua principal fonte de preocupação. O número é alarmante: ele supera temas como saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%).
Essa estatística mostra algo que vai além da renda: nossa relação emocional com o dinheiro está doente.
O peso emocional do dinheiro
O estresse financeiro não afeta apenas o bolso — ele impacta o sono, a produtividade, os relacionamentos e até a saúde mental.
O medo constante de não conseguir pagar as contas ou de perder o emprego gera uma sensação de vulnerabilidade que mina a confiança pessoal.
A falta de clareza sobre o orçamento também cria um ciclo de ansiedade: quanto menos controle, mais medo — e quanto mais medo, menos ação.
Por que o dinheiro preocupa tanto?
Há três grandes motivos por trás desse dado:
- Baixo nível de educação financeira — a maioria das pessoas nunca aprendeu a lidar com orçamento, juros e investimentos.
- Custo de vida alto e endividamento — mais de 70% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo dados da CNC.
- Falta de planejamento de longo prazo — o foco no “agora” impede que se construa segurança financeira para o futuro.
Como transformar preocupação em ação
A boa notícia é que dá pra mudar o jogo — e isso começa com consciência e pequenos passos.
1. Anote tudo o que entra e sai.
Não dá pra controlar o que não se mede. Uma simples planilha já pode mostrar onde o dinheiro está escapando.
2. Monte uma reserva de emergência.
Ter um valor guardado reduz drasticamente a ansiedade. O ideal é acumular de 3 a 6 meses de despesas fixas.
3. Fuja do crédito rotativo.
Os juros do cartão e do cheque especial são as maiores fontes de sofrimento financeiro. Evite parcelar o que não cabe no orçamento.
4. Busque conhecimento.
Ler sobre finanças, acompanhar bons conteúdos e entender como o dinheiro funciona é o primeiro passo para dominar o próprio destino.
Conclusão
A pesquisa da Onze não revela apenas números — ela mostra um retrato emocional do país. O dinheiro é, sim, importante, mas o controle financeiro traz algo ainda mais valioso: tranquilidade.
Cuidar das finanças é, no fim das contas, um ato de autocuidado.

